Under The Same Moon

Violência, perda e transformação em "Under The Same Moon"

"Under The Same Moon", do Lillian Axe, aborda de forma direta e intensa o momento de uma morte violenta e a transição da vítima para o além. A letra descreve o ataque brutal com versos como “A deadly sheik with an iron grip / And a penchant for rape on blood-soaked lips” (Um xeque mortal com um aperto de ferro / E uma inclinação para o estupro em lábios ensanguentados), deixando claro o terror vivido pela vítima. Em seguida, trechos como “I can see the memories of my life go flashing by” (Consigo ver as memórias da minha vida passando diante dos meus olhos) e “My God, it's not my time to die” (Meu Deus, não é minha hora de morrer) mostram o desespero e a incredulidade diante da morte iminente.

Após a morte, a narrativa assume uma perspectiva pós-vida, marcada por sentimentos de perda, isolamento e desejo de vingança. Versos como “No longer taste of you / My touch denied of you / My dreams have faded / Under the same Moon / I walk alone” expressam a dor da separação e a solidão eterna. A lua cheia aparece como símbolo de ligação entre vivos e mortos, sugerindo continuidade e servindo de testemunha silenciosa do sofrimento. Nos versos finais, ocorre uma inversão: a voz da vítima parece se tornar predadora, sugerindo um ciclo de violência e a possibilidade de a morte transformar a vítima em algo semelhante ao agressor. Isso reforça o clima sombrio e a ambiguidade moral presentes na música.