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Ao Tranco de Uma Noite

Lisandro Amaral

Letra

    O mouro troca orelha, carregando minha saudade
    Escuta a sonoridade dos grilos pelos varzedos
    Rédea na ponta dos dedos, numa ânsia costumeira
    De cruzar pela porteira do rancho dos meus segredos

    A noite chegando mansa, esconde as curvas da estrada
    O vento tapeia o prada, que abriga estes meus anseios
    Meus olhos buscam luzeiro de uma casinha perdida
    Onde a china mais querida me esperou o mês inteiro

    Meu poncho sente o minuano, que alvorotou as carquejas
    E minha alma sempre andeja, relembra o calor de um mate
    Me imagino no arremate desta jornada teatina
    Entre os braços da minha china, sobre os pelegos de um catre

    São léguas sobre os arreios cortando o clarão da lua
    E molhando as cordas cruas no orvalho da madrugada
    Na solidão desta estrada vou buscando um sinuelo
    De uma flor no seu cabelo adornando a minha chegada

    O sol levanta o topete, anunciando um novo dia
    E o meu rancho se anuncia, no acôo do cusquedo
    Que obedece meus gritos e vêm encontrar meu pingo
    Nesta manhã de domingo, que se chegou tão bonito

    Os escarceios do mouro anunciam minha chegada
    E a silhueta da minha amada, me contempla da janela
    Me esperou de sentinela, com um mate e um sorriso
    Isto é tudo que eu preciso, pra voltar pros braços dela


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