La última prosa

A melancolia e introspecção em 'La última prosa' de Lisandro Aristimuño

A música 'La última prosa' de Lisandro Aristimuño, um artista argentino conhecido por sua abordagem poética e introspectiva na música, mergulha em temas de espera, solidão e reflexão interior. A letra começa com uma incerteza sobre esperar alguém, sugerindo um sentimento de desolação e dúvida que permeia a canção. A expressão 'El jugo en mi sobra es ardiente' pode ser interpretada como uma metáfora para sentimentos intensos que permanecem mesmo na ausência ou na sombra do ser amado.

A noite, frequentemente associada à introspecção e ao isolamento, é descrita como cansada de ver o eu lírico, uma personificação que intensifica a solidão sentida. A menção ao frio e à noite sugere um cenário desolador, complementando o estado emocional do narrador. A passagem do tempo é marcada de maneira poética com 'el hoy del reloj se durmió', indicando um momento de pausa ou suspensão na vida do narrador.

O refrão traz uma mudança com a esperança de um reencontro, simbolizado pela 'sonrisa envuelta en la brisa'. No entanto, essa esperança é rapidamente contrastada com a realidade da 'cama de fosas', uma imagem poderosa que evoca a ideia de um leito não de descanso, mas de sepultura, sugerindo profundas feridas emocionais. A resolução da 'última prosa' pode ser vista como uma tentativa de encontrar paz ou conclusão para os conflitos internos, uma busca por solucionar 'mis cosas' na solidão.