Love Like Ghosts

A dualidade do amor em "Love Like Ghosts" de Lord Huron

Em "Love Like Ghosts", Lord Huron faz uma comparação direta entre o amor e fantasmas logo nos primeiros versos: “Yes, I know that love is like ghosts / Oh, few have seen it but everybody talks” (Sim, eu sei que o amor é como fantasmas / Poucos viram, mas todo mundo fala). Essa metáfora revela uma visão cética sobre o amor, sugerindo que ele é mais uma ideia ou uma presença invisível do que algo realmente vivido. A música explora como o amor pode ser algo de que todos falam, mas poucos realmente experimentam, tornando-se uma espécie de assombração emocional.

Ao longo da canção, o narrador se mostra atormentado por lembranças e sentimentos, conectando o amor à persistência de memórias dolorosas e à dificuldade de seguir em frente. Temas como perda e arrependimento aparecem quando ele questiona a sinceridade da pessoa amada: “You don't want me baby please don't lie / Oh, but if you're leaving I gotta know why” (Você não me quer, querida, por favor não minta / Mas se você for embora, preciso saber o porquê). A repetição de “Oh, I sing all day and I love you through the night” (Eu canto o dia todo e te amo durante a noite) destaca a dualidade entre a rotina e a intensidade dos sentimentos, mostrando que o amor persiste mesmo na ausência. O verso “And what ain't living can never really die” (E o que não está vivo nunca pode realmente morrer) reforça a ideia de que o amor, como um fantasma, continua assombrando mesmo após o fim do relacionamento.

A atmosfera melancólica e etérea da música, inspirada nos anos 1960, intensifica o sentimento de que o amor é ao mesmo tempo belo e doloroso, real e ilusório. O desejo de que a relação seja “an endless song” (uma canção sem fim) e a confissão de que só sente o amor quando dói mostram a busca do narrador por intensidade, mesmo que isso traga sofrimento. Assim, "Love Like Ghosts" retrata o amor como algo fugaz, persistente e marcado por lembranças que nunca desaparecem.