Monocromia

Reflexão e aceitação dos dias cinzentos em “Monocromia”

Em “Monocromia”, Lorena Chaves propõe um olhar diferente sobre os dias nublados e melancólicos, valorizando-os como momentos de aprendizado e beleza. A frase “tem coisa na vida da gente que só se entende quando o tempo fecha” sugere que as dificuldades e tristezas, representadas pelo céu cinza, são oportunidades para enxergar aspectos profundos da vida que muitas vezes passam despercebidos nos momentos felizes. A música convida o ouvinte a aceitar e acolher os dias cinzentos, reconhecendo neles um potencial de cura e reflexão.

A letra traz metáforas como “poema que mora escondido num choro contido” e “versos de neblina” para mostrar que existe beleza e significado mesmo na dor e na saudade. O verso “as poucas cores no céu vão te lembrar o que importa” reforça a ideia de encontrar valor nas pequenas coisas e nas experiências discretas. Ao mencionar “as rugas do teu rosto, a beleza da alma”, Lorena destaca que a verdadeira beleza está nas marcas do tempo e nas vivências, não apenas na aparência. O refrão “deixa vir o dia cinza” é um convite para não fugir da tristeza, mas permitir que ela traga amadurecimento, até que “toda monocromia se vestir de glória”, mostrando que até os momentos mais apagados podem se transformar em algo valioso.