Aux Lendemains non Écrits (feat. Alice Duport-Percier)

Esperança e luto em "Aux Lendemains non Écrits"

"Aux Lendemains non Écrits (feat. Alice Duport-Percier)", de Lorien Testard, explora a incerteza do futuro como uma tela em branco, onde convivem esperança e luto. O verso “Miroir du temps / Nos histoires s'alignent” (Espelho do tempo / Nossas histórias se alinham) sugere que o tempo reflete tanto o passado quanto as possibilidades ainda não vividas. Essa ideia se aprofunda na oposição entre “L'un peint de rêves, où le chagrin s'efface” (Um pinta sonhos, onde a tristeza se desfaz) e “L'autre, nu et réel, où notre deuil prend place” (O outro, nu e real, onde nosso luto acontece), mostrando que a vida é feita de sonhos que aliviam a dor e de realidades onde o luto é inevitável.

A música foi composta para o jogo "Clair Obscur: Expedition 33", o que reforça seu significado. O universo do jogo é marcado por destinos em constante construção, e a trilha sonora intensifica essa atmosfera. Metáforas como “toile vierge” (tela em branco) e “Au clair-obscur, œuvres infinies” (No claro-escuro, obras infinitas) destacam que cada escolha e cada passo moldam um futuro incerto, mas cheio de potencial. A repetição de “Aux lendemains non écrits” (Aos amanhãs não escritos) reforça a ideia de que, sob as estrelas, tudo está em aberto e nada realmente termina, trazendo uma mensagem de otimismo e resiliência diante das adversidades e das perdas.