Mis Cicatrices

Cicatrizes e superação pessoal em “Mis Cicatrices” de LUANA (ARG)

A música “Mis Cicatrices”, de LUANA (ARG), aborda de forma clara como as marcas emocionais do passado permanecem e influenciam a identidade de quem as carrega. A artista utiliza a metáfora das cicatrizes, como no verso “¿Y ahora qué hago con la cicatriz? Que me recuerdan esos días grises” (E agora, o que faço com a cicatriz? Que me lembram daqueles dias cinzentos), para expressar experiências dolorosas que viveu, especialmente a pausa forçada em sua carreira durante a adolescência. LUANA já declarou que esse período foi difícil, mas também fundamental para seu amadurecimento. Assim, as cicatrizes representam não só o sofrimento, mas também a superação e a força adquirida diante das dificuldades.

A letra também fala sobre mudanças e a perda da inocência, como em “no soy la que era antes” (não sou mais quem eu era) e ao questionar o significado dos próprios “tatuajes” (tatuagens), que funcionam como símbolos de experiências marcantes e visíveis, sujeitas ao olhar e julgamento dos outros. O trecho “Todo el frío está en mis pies... Que me ibas a romper mi alma de papel” (Todo o frio está nos meus pés... Que você ia quebrar minha alma de papel) revela vulnerabilidade e decepção diante de alguém que prometeu proteção, mas causou dor. Ao longo da canção, LUANA expressa o desejo de reencontrar sua antiga versão, mas reconhece que as cicatrizes fazem parte de quem ela é hoje. “Mis Cicatrices” é, assim, um relato sincero sobre enfrentar traumas, aceitar as marcas do passado e encontrar força na própria história.