Esqueletos

A Crítica Social e Existencial em 'Esqueletos' de Lupe de Lupe

A música 'Esqueletos' da banda Lupe de Lupe é uma crítica contundente à sociedade e à condição humana. A letra aborda temas como a decadência, a alienação e a busca por sentido em um mundo que parece cada vez mais desprovido de propósito. Os 'beberrões' e 'peões' mencionados na canção representam figuras que, apesar de suas tentativas de encontrar significado, acabam se perdendo em vícios e comportamentos autodestrutivos. A guerra ao celestial e o pleito astral são metáforas para a luta contra ideais elevados e a busca por respostas em lugares errados.

A canção também critica a superficialidade e a falta de autenticidade na arte e na vida. Os 'anciões' que 'cuspiram o ar' e 'fingiram fazer música em qualquer lugar' simbolizam aqueles que, apesar de sua experiência, não conseguem criar algo genuíno e significativo. A letra sugere que a verdadeira arte e a verdadeira vida exigem mais do que apenas aparência; elas requerem profundidade e autenticidade. A referência aos 'gênios' que 'nascem ocos' e 'são audazes' aponta para a ideia de que muitas vezes, aqueles que são considerados brilhantes podem ser vazios por dentro, carecendo de substância real.

A música termina com uma reflexão sobre a falta de abrigo e vontade, e a sensação de que o 'umbigo' de cada um é maior do que qualquer outra coisa. Isso sugere um mundo onde o egoísmo e a auto-obsessão prevalecem, deixando as pessoas desconectadas e sem direção. A imagem do 'nó' que fica no final da canção simboliza a confusão e a frustração resultantes dessa condição. 'Esqueletos' é, portanto, uma canção que nos convida a refletir sobre nossas próprias vidas e a sociedade em que vivemos, questionando o que realmente tem valor e significado.