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Oxalá

Majur

Resistência e ancestralidade em "Oxalá" de Majur

Em "Oxalá", Majur faz uma escolha marcante ao cantar toda a música em iorubá, língua ancestral dos orixás. Essa decisão vai além de uma homenagem religiosa: é um ato de resistência e afirmação da identidade negra. Ao repetir saudações como “Ajagunà gbà àwọ̀” e louvores como “Elémoṣọ̀ bàbá Ológun”, Majur reverencia Oxalá, orixá ligado à paz e à criação, e destaca a importância da ancestralidade africana na cultura brasileira. O uso de expressões tradicionais e instrumentos afro-brasileiros reforça a conexão espiritual e cria um ambiente de celebração das raízes negras e da herança iorubá.

No final da música, um trecho falado traz uma reflexão direta sobre a diáspora africana: “O navio negreiro não foi um encontro marcado... a gente resiste por não ser cultura, no nosso país, aquilo que deveria ter sido”. Majur expõe a dor do deslocamento forçado e a luta para que a cultura africana seja reconhecida no Brasil. Ao dizer “eu refaço esse caminho novamente” e situar o reencontro cultural na Bahia, ela propõe uma reescrita simbólica da história, transformando sofrimento em resistência e celebração. Assim, "Oxalá" se destaca como um manifesto pela valorização da cultura afro-brasileira e pelo direito de celebrar as próprias origens.

O significado desta letra foi gerado automaticamente.


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