
Samba-Enredo 2026 - Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra
G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (RJ)
“Samba-Enredo 2026 - Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”
O samba do G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (RJ) rebatiza a escola como “árvore-mulher” da floresta e, ao mesmo tempo, escola quase centenária, fundindo raiz de samba e raiz de mata. Ao dizer “Na Estação Primeira do Amapá”, desloca simbolicamente o berço verde e rosa para o extremo norte e arma a ponte Rio–Amapá. O guardião dessa travessia é Mestre Sacaca, curandeiro tucuju chamado “do meio do mundo pra dentro da mata” (Macapá sobre a Linha do Equador). Como destaca o carnavalesco Sidnei França, sua vida de navegar e ensinar saberes afro-indígenas surge em imagens como “Regateando o Amazonas no transe do caxixi”. Os versos de cura — “macera folha, casca e erva / engarrafa a cura / defuma folha” — celebram a farmacopeia da Amazônia Negra; “turé”, “jenipapo e urucum” remetem a rituais e pinturas corporais. A presença de “erê”, “babalaô” e “preto velho”, junto de “São José de Macapá” e “Espírito Santo”, revela o sincretismo que molda a fé ribeirinha do Oiapoque ao Jari.
Memória e resistência vibram quando ecoa “Negro na marcação do marabaixo”, ritmo-símbolo do Amapá, e quando “ladrões e ladainhas que ecoam dos porões” transformam cativeiro em canto. Forma-se um território comum de fé — “quilombo, favela e aldeia” — costurado pela “encantaria de benzedeira”. A floresta abençoa: o “Uirapuru” como canto de boa ventura, o “Jequitibá” como árvore-mestra e madeira do tambor que encanta no batuque. “Yá, Benedita de Oliveira, mãe do morro de Mangueira” confirma a centralidade das matriarcas e das casas de axé na proteção do morro, que acolhe o “jeito Tucuju”. Em sintonia com a parceria campeã do concurso (exaltar marabaixo e saberes da floresta) e com o apoio oficial do governo do Amapá, o fecho “Chamei o povo daqui, juntei o povo de lá” cumpre a missão: unir Mangueira e Amapá sob Mestre Sacaca, guardião de uma Amazônia negra, viva e curativa.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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