Vamo Pegá

Orgulho e tradição gaúcha em “Vamo Pegá” de Mano Lima

A música “Vamo Pegá”, de Mano Lima, retrata de forma leve e direta a forte ligação do gaúcho com o cavalo e a vida no campo. A letra destaca como a identidade campeira está profundamente conectada ao trabalho rural e ao orgulho das tradições do sul do Brasil. O cavalo aparece não apenas como instrumento de trabalho, mas como parte essencial da vida do gaúcho. No trecho “A minha arma é o cavalo / Eu sempre digo / Não vão contar comigo / Se não tiver o que encilhar”, Mano Lima mostra que o cavalo representa autonomia, força e coragem, sendo indispensável para que o gaúcho se sinta completo e pronto para enfrentar qualquer desafio.

A canção utiliza expressões regionais como “buçal”, “invernada” e “carpir”, aproximando o ouvinte do cotidiano campeiro. O verso “Era pra pegar na enxada / Pra carpi o mandiocal” revela, com humor, a preferência do gaúcho pelo trabalho com o cavalo em vez das tarefas agrícolas manuais, sugerindo que sua verdadeira vocação está na lida campeira. Ao mencionar que nasceu “no tempo da vacaria / Em forma de forquia / Pra viver enforquilhado”, Mano Lima faz referência à tradição de montar desde cedo, mostrando que essa relação com o cavalo é quase natural para quem vive no campo. Assim, “Vamo Pegá” celebra o orgulho de ser gaúcho, a valorização das raízes e a alegria de manter vivas as tradições da terra.