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Cambuchim

Mano Lima

Letra

    Três horas da madrugada
    Saltei pra ver a recolhida
    Mangueira toda de vara
    De pedra e cerca nativa
    Potreiro divisa de valo
    E quadras de sesmaria

    Estância véia cuiúda vinha do tempo da folga
    Com moinho e tanque australiano, com capataz e com sota
    Peonada e peão ponteiro, agregado e tumbeiro
    Em cada invernada, um posto e em cada posto, um posteiro

    Patrão véio buenacho
    E munheca como diacho
    Só vendia boi criado
    E vaca com anel na aspa

    A boia era canjica
    Os prato era tigela
    Pra achar um pedaço de carne
    Tinha que marguiar nas panela'

    Costumava salgar a tropa
    Isso, lá de vez em quando
    Quando tavam roendo osso
    Comendo xerga ou algum pedaço de pão

    Sinuelo era uma tropa
    Tirado pelos mais fraco
    Pra desenvolver correiro
    Tirar matreiro do mato

    Tinha tropilha de Mouro
    De Baio e uma de Tordilho
    No inverno era só mula
    Que davam coice e mordia

    A boia era canjica
    Servida numa tijela
    Pra achar um pedaço de carne
    Só marguiando nas panela

    Tinha tropilha de Mouro
    Uma de Baio e uma de Tordilho
    No inverno era só mula
    Que davam coice e mordiam


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