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Campeiros de Hoje em Dia

Mano Lima

Letra

    A' minhas perna' aleviana o corpo
    Se acaso o potro virar
    Saio com o cabresto na mão
    Pros arreio' não extraviar

    Cair, um ginete inté' cai
    Tá na conta do perigo
    Pra largar a égua c'os arreio'
    É feio pra um taura do tempo antigo

    Quando se perde os costume'
    Se perde a direção
    É moda que vira potro
    Que arrasta a crina no chão

    Derruba o domador
    Toma o cabresto da mão
    Compra os queixo' e rasga a mala
    E a voz do campo se cala e acaba com a tradição

    Os campeiro' de hoje em dia
    Não sabem carnear uma ovelha
    Não usa' espora e nem faca
    Não campereia', passeia'

    Não sabem esgotar uma vaca
    Nem curar uma bicheira
    Não sabem trocar uma trama
    E nem o braço de uma porteira

    Nasce e morre no galpão
    Costume dessa querência
    Que chora no picumã
    A saudade de sua ausência

    No esteio, pendurada
    A cabeça do Tordilho
    Pra não ficar abandonada
    No buraco da ossada, uma corroeira faz um ninho


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