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Planiceiro

Mano Lima

Letra

    Nasci, cresci planiceiro
    Rasgando a pampa no meio
    Apartando briga de touro
    Num pelado de rodeio
    Cantando toadas de ronda
    Nas noites de pastoreio

    Bombachita arremangada, chapéu curtido ao vento
    Pincha, lenço a mia espalda
    Esvoaçando contra o vento
    Carroneira, espora grande
    Poncho emalado nos tentos

    Por isso, as vez me revolto
    Com a falsa pacholice
    E assim cada vez que canto
    Aparto terneiro da mesmice
    E deixo um grito de alerta
    Retumbando na planice

    Cada pedaço de pampa
    Abraço como a bandeira
    Carrego pátria nas veia
    Sangue de luz guitarreira
    Enfeito a alma da terra
    Com essa voz planiceira

    Meu canto é cerne de lei
    De pau ferro que não símbra
    Repinga domas de trevais
    Cheiro de china e tarimba
    Um encanto de guri que pesca lua em cacimba

    Meu canto é cantil de canha
    Que isala, mal tiro a tampa
    Gosto de um bagual crioulo
    Troteando entre o céu e a pampa
    E ouvindo argola do laço
    Retinindo ao pé da guampa

    Com sóis e estrala nos olhos
    O meu mouro coscovero
    Leva um trovão em cada pata
    E no lombo um Martín Fierro
    Que nasceu na pampa grande
    E gosta de ser planiceiro

    Composição: Mano LIma / João Sampaio. Essa informação está errada? Nos avise.

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