CUTE BUT PSYCHO

Contradições e autenticidade em "CUTE BUT PSYCHO" de Manu Gavassi

Em "CUTE BUT PSYCHO", Manu Gavassi explora a dualidade entre a imagem de "fofa" e a realidade de alguém intensa, controladora e cheia de contradições. Logo no início, ela assume o papel de "girl boss", mas revela que essa postura muda completamente quando se apaixona: "Eu sou muito girl boss, até me apaixonar". Esse trecho destaca a tensão entre força e vulnerabilidade, mostrando que, apesar da autoconfiança, Manu também se sente perdida e difícil de entender quando está envolvida emocionalmente.

O refrão "Cute but psycho" é usado de forma irônica, funcionando como um rótulo que Manu abraça para questionar as expectativas sociais sobre o comportamento feminino. A artista utiliza a expressão para falar sobre a complexidade das emoções e a dificuldade de se encaixar em padrões, além de ironizar a busca por amores livres e a tendência de se envolver com pessoas incompatíveis: "Sempre atraio quem não tem nada a ver comigo". A letra também aborda o desejo de controle e a frustração diante de relacionamentos abertos, como em "Eu sou uma control freak / O que eu quero eu consigo / Esse seu amor livre acaba comigo". No final, Manu transforma suas imperfeições em autenticidade, celebrando a liberdade de ser "estranha, meio louca" sem pedir desculpas.