Caballo viejo

A Redescoberta do Amor em 'Caballo Viejo' de Manolo Escobar

A música 'Caballo Viejo', interpretada por Manolo Escobar, é uma celebração poética do amor tardio e da vitalidade que ele pode trazer, mesmo em uma fase avançada da vida. A letra começa descrevendo como o amor pode chegar de maneira inesperada, comparando-o com a natureza que se renova, como o cauca que reverdece e o guamachico que floresce. Essa metáfora inicial estabelece o tom da música, sugerindo que o amor tem o poder de revitalizar e transformar, independentemente da idade.

A figura do 'caballo viejo' (cavalo velho) é central na canção, representando uma pessoa mais velha que, apesar de cansada e aparentemente desgastada pela vida, ainda possui um coração cheio de paixão e desejo. Quando as 'riendas' (rédeas) são soltas, esse cavalo velho se torna desbocado, simbolizando a liberdade e a energia renovada que o amor pode proporcionar. A letra sugere que, ao encontrar uma 'potra alazana' (uma égua jovem), o cavalo velho sente uma explosão de sentimentos, ignorando as limitações impostas pela idade e pelas convenções sociais.

A música também aborda a inevitabilidade do tempo e a urgência de aproveitar as oportunidades de amor que a vida oferece. A frase 'quererse no tiene horario ni fecha en el calendario' enfatiza que o amor não segue regras ou cronogramas, e que deve ser vivido intensamente quando surge. O cavalo velho, consciente de que 'después de esta vida no hay otra oportunidad', se apressa em viver plenamente o amor que encontrou, sem deixar que as limitações da idade o impeçam de aproveitar essa nova chance de felicidade.