
Os Teus Olhos
Manuel de Almeida
Reflexão sobre o olhar e o eu em “Os Teus Olhos”
A música “Os Teus Olhos”, de Manuel de Almeida, aborda a importância do olhar próprio diante do olhar do outro, mesmo quando há admiração e desejo. O verso “Gosto muito dos teus olhos / Ainda mais gosto dos meus” mostra essa dualidade: o eu-lírico se encanta pelo outro, mas valoriza sua própria perspectiva e individualidade. Essa postura reflete o tom melancólico do fado, em que o desapego e a reflexão sobre o sofrimento pessoal são centrais. Quando o narrador diz “já não choram por ninguém / Basta que chorem por mim”, ele expressa autocuidado e resignação diante das dores do passado, priorizando o próprio bem-estar emocional.
A letra também sugere que o olhar é uma ponte entre o eu e o outro, mas, acima de tudo, é um instrumento de autoconhecimento e sobrevivência emocional. O trecho “Se não fossem os meus olhos / Não podia ver os teus” reforça que é preciso valorizar a si mesmo antes de admirar o outro. O contexto do fado tradicional, marcado por sentimentos profundos e contemplativos, aparece na resignação de “Choram cheios de amargura / Mas se as coisas são assim / Chorar alguém, que loucura / Basta que chorem por mim”. Aqui, a música propõe que sofrer pelos outros é inútil, e que o verdadeiro desafio é lidar com a própria dor, aceitando a vida com menos fé e mais fadiga, como diz a letra. O olhar, assim, simboliza tanto o desejo quanto a autossuficiência e o amadurecimento emocional.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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