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Pose de Malandro/ Me Querem Morto

Mateus Fazeno Rock

Todo mundo saiu de casa
Quando um preto véio morreu na trairage
Pra ver a história toda tem que pagar mais caro
Em resumo ficamo chorando aquela noite
Mas o dia veio e sem receio
Partimo rumo ao novo dia
Na ironia a bala vinha
A contra gosto
Suor no rosto
Cheiro no pescoço e sem pudor

Vou fingir que é sábado
Vou fingir que é domingo
Vou fingir que é sábado
Vou fingir que é domingo
Vou fingir que é sábado
Vou fingir que é domingo
Vou fingir que é sábado
Vou fingir que é domingo

E vou brotar
Porque sou desses
Sou desses
Às vezes eu só quero ficar
Largado
Voando

E não sustento a pose de malandro
Não sustento a pose de malandro
Não sustento a pose de malandro
Não sustento a pose de malandro
De malandro

Deus proteja os malandro preto
Que arrisca a vida ao sair do beco
Sente na pele a dor, o luto, o medo
E é alvo dessa fome e desprezo
E se o morto preto, sabe, dá em nada
Eu to cansado de só tapa na cara
Se o meu black tem maconha, fei'?! Para com ideia paia!

E quem disse que o preto não passará?
Não se assuste quando tomar o seu lugar
Nascendo no melhor lugar
Ganhando sem ter que roubar
Formado e podendo gastar
Festa de preto é pra se libertar
Força pra continuar
Quem disse que vamo' acochar
Preto, não se cale pro guarda falar
Aqui eu vejo uns pretinho igual eu
Que já seguro um b. O que não é seu
Por causa da maldita vida

Maldita polícia que se corrompeu
Por causa da política de escassez
E extermínio que o estado me deu
Das pistolas antes das escolas
Dizem que essa vida nós que escolheu
É pouca encomenda de quadro
Pra muito enquadro levado
Muita chacina do estado
Fei', preste atenção!

Desse lado política tem nos matado
Meu talento não é entregar quentinha
Nem portar ferro o dia inteiro na esquina
Mudar de vida é o plano dos cria
Tirar mais vida é o plano da polícia

Me querem morto ou estirado no chão
Vendendo droga ou matando alguém em vão
Desgosto pra mãe preta, cheia de frustração
E o ciclo se repete entre os preto que se vão
Polícia entra na favela e faz chacina

O estado assina
Ainda é chamado de doutor
Dá licença, por favor!
É um milhão de dor que nós não assinou
Direito que eles nos roubou
Somos apenas números nas suas pesquisas
Dores que jamais saberão
Fome que eles não matarão

Saudade do amigo-irmão que morreu em vão
Até tentou sonhar mas tiraram seu chão
Já tentei de tudo, eles me querem morto
Mudei minha postura, eles me querem morto
Não é questão de tempo, eles me querem morto
Me querem morto, me querem morte

Essa é a morte do esquecimento
Morte colonial
Com pressa
Com dor
Com sofrimento

Morte sem moldura, sem retrato, sem família
Morte sem poder se transmutar na travessia
Morte sem poder atravessar
Morte pra matar
Morte prevista nas estatísticas

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Composição: Mateus Fazeno Rock / Big Léo / Agê - Fortaleza / Caiô Outragalera / glhrmee. Essa informação está errada? Nos avise.

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