Celine

Relação de dependência e busca por conforto em “Celine”

Em “Celine”, Matuê explora a dependência emocional e o escapismo ao retratar Celine como uma metáfora para uma substância ou pessoa que traz conforto e tranquilidade. O verso “sem ela eu perco o sono mesmo fumando um K de green” mostra que, mesmo recorrendo à maconha, o narrador não encontra a paz que Celine proporciona, evidenciando uma ligação profunda e quase indispensável. A imagem de Celine “de branco com a pele rosa” sugere suavidade e acolhimento, quase como uma figura angelical que acalma e serve de refúgio emocional.

A letra também aborda mudanças de hábitos, como em “eu troquei o melado pela marijuana”, indicando uma transição na forma de buscar alívio. Quando Matuê menciona “misturar uma japonesa com uma africana”, ele pode estar usando a mistura de culturas como metáfora para novas experiências ou sensações proporcionadas por Celine. O trecho “você virou a minha Mona” reforça a idealização, colocando Celine como uma obra de arte única e insubstituível na vida do narrador. Assim, a música retrata uma relação intensa de dependência, onde Celine representa tanto fuga quanto conforto, e a busca por tranquilidade se mistura ao desejo de estabilidade emocional.