Vampiro (part. Teto e WIU)

Independência e poder em “Vampiro (part. Teto e WIU)”

Em “Vampiro (part. Teto e WIU)”, Matuê, Teto e WIU usam a figura do vampiro para transmitir autoconfiança e uma sensação de poder próprio. O verso repetido “Ninguém paga minha luz, por isso que ela é minha” destaca a independência dos artistas, mostrando que seu brilho e sucesso vêm deles mesmos, sem depender de aprovação externa. A escolha da palavra “luz” é proposital: além de simbolizar energia e destaque, ela contrasta de forma irônica com o arquétipo do vampiro, geralmente ligado à escuridão. Aqui, os artistas se apresentam como vampiros que, ao contrário do esperado, iluminam e dominam o cenário musical por mérito próprio.

A letra também fala sobre o sucesso conquistado com trabalho duro, como em “Mais de 1000Hz no estúdio, hit nóis cozinha”, e valoriza a gravadora 30PRAUM, importante para o crescimento do trap no Brasil. O orgulho pela trajetória aparece em “Quero ver subir onde eu subi”, especialmente após desafios como o vazamento da música antes do lançamento oficial. Referências à cultura pop e ao rap nacional, como a menção à “loirinha gostosa do cabelo longo que ouve 1Kilo”, aproximam a música do cotidiano dos ouvintes.

Os versos de Teto e WIU misturam sensualidade, desejo e vulnerabilidade, como em “Memórias de um passado faz minha lágrima cair sobre esse chão de giz”. O duplo sentido está presente em frases como “Mata a sede, é só vim me chupar”, que pode ser lida tanto como uma provocação sexual quanto uma referência ao mito do vampiro. No geral, a música equilibra ostentação, liberdade e mistério, celebrando a individualidade e o sucesso alcançado pelos próprios méritos.