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Madrugada Posteira

Mauro Moraes

Quando a noite sente as dores do dia que vem nascendo
A madrugada posteira me pega fora da cama
Pra mim vem berrando o dia, rezo três ave marias
Pra senhora do socorro

Passo uma água na cara, gargarejo uma salmora
Depois encosto os tições e vou soprando com jeito
Encosto a chaleira ao fogo e cevo um mate espumoso
Que nem remanso de arroio
Um pelego nos arreios vem forrar meu banco baixo
Me estabeleço e me acho o mais feliz dos campeiros

E entre um gole de mate e tragos de meu cigarro
Vou calculando o serviço que vem na volta do dia:
Encilhar uma rosilha que repunaram na estância
Por ser petiça e comprida é pro andar das crianças

O pensamento troteia no lombo das labaredas
Faiscas entropilhadas fazem forma no oitão
Parecendo que as estrelas estao dentro do galpão

De novo encosto a chaleira e vou encilhado o mate
Sobressai-se do silêncio o canto limpo de um grilo
Contraponteando meu zaino num canto quebrando o milho

Assim vou taureando a vida neste mundão que é só meu
Faço um café de cambona ferrado a espiga de marca
Reparto a bóia de ontem com meu cachorro monarca
E a rosilha já na estaca, me ajeito e toldo meu zaino

Quando o sol meter a cara já estou no campo do meio
Com o gado que reparo lambendo sal no rodeio!

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