
Fiz do Arreio Morada
Mauro Silva
A vida nômade e digna em "Fiz do Arreio Morada"
"Fiz do Arreio Morada", de Mauro Silva, retrata a vida do tropeiro, marcada pelo desapego e pela constante sensação de passagem. A música mostra como o arreio, símbolo do trabalho diário, se torna o próprio lar do tropeiro, indicando que sua casa é a estrada e o ofício. A letra destaca que a rotina dura e itinerante não só molda o corpo, mas também o espírito de quem vive do campo, sempre em movimento, com o tempo deixando marcas em sua trajetória: “na talha os anos, passando / e o tanto que conquistei”.
A canção valoriza elementos típicos da cultura tropeira, como o “boi da culatra”, a “cavalhada”, o “capataz”, o “bagual” e o “pirilampo palheiro”, criando um retrato autêntico e nostálgico da vida rural. O trecho “com a Lua de candeeiro / e um pirilampo palheiro / aromando a madrugada” reforça a simplicidade das noites no campo, onde a luz natural e o cheiro do cigarro de palha acompanham o tropeiro em sua solidão. Ao citar a “D’Alva” (estrela da manhã), a música mostra a conexão do tropeiro com a natureza e o tempo, marcando o ciclo das jornadas. O refrão repetido ressalta a resignação e o orgulho de quem, desde cedo, foi moldado pelo “rigor do serviço” e fez do trabalho sua casa, vivendo a realidade do campo com dignidade e simplicidade, sem lamentos ou dramas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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