Tô de Pé (part. Borges e Major RD)

Resistência e superação em "Tô de Pé (part. Borges e Major RD)"

Em "Tô de Pé (part. Borges e Major RD)", MC Poze do Rodo, Borges e Major RD expressam uma mensagem clara de resistência e superação. O verso repetido “Cê conspirou, mas eu tô de pé” destaca a postura dos artistas diante das tentativas de derrubá-los, mostrando que, apesar das adversidades e da inveja, eles continuam firmes e conquistando seu espaço. A ostentação de itens de luxo, como “Panameira”, “Cartier no pulso” e “grife no boné”, vai além da vaidade: representa a vitória sobre a pobreza e as dificuldades enfrentadas nas ruas do Rio de Janeiro.

A letra mistura relatos da vida nas favelas com a celebração do sucesso, evidenciando a necessidade de esperteza e resiliência para sobreviver nesse ambiente. Frases como “Não adianta ser bom, tu tem que ser malandro” e “Nas rua do Rio o ritmo é assim” reforçam essa ideia. MC Poze do Rodo e seus parceiros usam a música para mostrar que vieram de baixo, enfrentaram violência, criminalidade e desconfiança, mas conseguiram transformar suas realidades. A ostentação surge como resposta à exclusão social e ao preconceito, servindo também de inspiração para outros jovens da comunidade, como em “Eu virei referência pros menor do RJ”.

A música traz ainda um tom de desafio e autoconfiança, deixando claro que o sucesso incomoda quem torce contra: “Invejoso se morre, fica puto quando eu começo a cantar”. O uso de gírias e referências ao cotidiano das favelas aproxima a letra do público, enquanto frases como “Má influência pro estado e bem melhor que o estado” sugerem uma crítica social, mostrando que os artistas podem ser exemplos mais reais do que as próprias instituições. "Tô de Pé" se consolida como um hino de superação, orgulho e resistência, celebrando cada conquista como uma vitória coletiva da favela.