União É Nóis (part. MCs Alê, Neguin da BRC, Menor MR e Maiquinho)

Crítica social e esperança em "União É Nóis" de MC Rodolfinho

"União É Nóis", de MC Rodolfinho com participação de MCs Alê, Neguin da BRC, Menor MR e Maiquinho, utiliza o funk como ferramenta de denúncia social e mobilização coletiva. A música vai além do entretenimento ao abordar de forma direta problemas estruturais das periferias brasileiras. O verso “E a culpa disso tudo / É desse nosso sistema / Sistema que não trabalha / E ainda fala em justiça / Esquecem nosso país / Mas enriquecem a Suíça” critica o descaso do governo e a corrupção, conectando-se ao projeto "União É Nóis", que busca conscientizar sobre as dificuldades enfrentadas nas comunidades.

A letra expõe a violência cotidiana, como em “O menor sonhador já não pode jogar bola / Tem que se esconder de tiro até dentro da escola”, mostrando o impacto da criminalidade na infância. Outros trechos, como “Mulheres sofrendo abuso / Criança sendo explorada / Aposentados em jornais / Motivo de piada”, ampliam a denúncia para outras formas de injustiça e vulnerabilidade social, ressaltando que a desigualdade e o preconceito racial são problemas estruturais. Ao dizer “Criminalizando o funk, mas eu nunca roubei”, os artistas defendem o funk como expressão legítima da realidade das periferias e resistência cultural.

Apesar do cenário difícil, a música traz uma mensagem de esperança e união: “Já cansei de sofrer / Hoje quero a melhora / De acreditar no meu Brasil / Sem precisar ir pra fora”. O refrão e o título reforçam a importância da solidariedade para superar a violência e a falta de oportunidades, alinhando-se ao objetivo do projeto de unir vozes do funk para promover reflexão e transformação social.