Avalanche (feat. Madlib)

A Complexidade Lírica de 'Avalanche' por MF Doom e Madlib

MF Doom, conhecido por suas letras complexas e estilo único, une forças com Madlib em 'Avalanche'. A música começa com uma referência a Frankenstein, sugerindo que a criação artística é uma espécie de monstro, financiado e montado peça por peça. Doom agradece a seu parceiro, Madlib, um 'bro de poucas palavras', destacando a colaboração entre eles como uma pesquisa para 'nerds de verdade'.

A letra é repleta de metáforas e referências culturais. Doom se autodenomina um 'MC extraordinário' com uma técnica rara, capaz de assustar e surpreender. Ele menciona a influência de artistas 'retardados' e a relação com seus 'irmãos grandes', sugerindo uma conexão com outros rappers e a cena hip-hop. A menção a 'felonies' e 'treacherously MC' indica uma vida de crime e traição, temas recorrentes no rap.

Doom também critica a superficialidade do rap moderno, comparando-o a brinquedos de Kris Kringle (Papai Noel) e destacando a falsidade no jogo do rap. Ele faz uma alusão a Steveland (Stevie Wonder), questionando a credibilidade do que vê e ouve. A letra continua com uma série de imagens vívidas e jogos de palavras, como 'Funyun faced rappers' e 'beat a dead pony', mostrando a habilidade de Doom em criar rimas complexas e significativas.

A música termina com uma nota de advertência, mencionando armas e violência, mas também uma busca por redenção e espiritualidade. Doom sugere que os rappers precisam 'encontrar Jesus' e 'ver o reverendo', indicando uma necessidade de mudança e reflexão. 'Avalanche' é uma obra-prima lírica que combina crítica social, referências culturais e uma habilidade técnica impressionante, solidificando MF Doom e Madlib como forças criativas no hip-hop.