O Passado da Portela / Amor de Malandro

Orgulho e nostalgia em "O Passado da Portela / Amor de Malandro"

"O Passado da Portela / Amor de Malandro", de Monarco, começa exaltando a trajetória vitoriosa da Portela, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro. Logo nos primeiros versos, como em “O passado da Portela é repleto de vitória / O que nos vale é a fé que encoraja e conduz / Portelense de verdade que defende Oswaldo Cruz”, Monarco expressa o orgulho de pertencer à comunidade de Oswaldo Cruz e destaca a importância da fé e da tradição para manter viva a identidade portelense. O samba, originalmente chamado “Retumbante Vitória”, foi composto em um momento de celebração e se tornou um símbolo de exaltação à escola, mostrando como a memória coletiva e a história são fundamentais para a autoestima da comunidade.

Na segunda parte, “Amor de Malandro”, a música muda de foco e aborda as relações pessoais sob a ótica do malandro carioca. Em parceria com Alcides Dias Lopes, Monarco apresenta o malandro não como um vilão, mas como alguém que vive intensamente e deixa saudade. O verso “Sabe que um malandro quando ama deixa saudade” revela que, apesar da fama de desapego, o malandro também sente e provoca saudade. Já em “Você não foi meu primeiro amor / Nem tampouco o segundo / A sentir saudade nesse mundo / Mas alguém está sentindo”, a letra humaniza essa figura, mostrando que ele também é marcado por sentimentos e lembranças. Assim, a canção une o orgulho coletivo da Portela à sinceridade das relações pessoais, sempre com um tom nostálgico e direto.