Homenagem à Velha Guarda

Tradição e respeito em “Homenagem à Velha Guarda” de Monarco

"Homenagem à Velha Guarda", de Monarco, destaca-se por valorizar as raízes do samba carioca, especialmente da Portela. Logo no início, Monarco contrapõe a boemia da Lapa à tradição portelense, mostrando que, enquanto muitos buscavam a malandragem da Lapa, ele preferia a companhia dos verdadeiros mestres do samba. Ao mencionar que, mesmo consultando sua "lista", não foi fácil encontrar esses sambistas lendários, Monarco reforça a raridade e o valor dessas figuras históricas.

O contexto histórico é essencial para entender as referências a bairros como Oswaldo Cruz e Bento Ribeiro, reconhecidos como berços do samba e da Portela. Ao citar nomes como Alvaiade, Manacéia e Lonato, Monarco presta um tributo direto à Velha Guarda, reconhecendo-os como guardiões da memória e da poesia do samba. A expressão "casa formosa que reúne paz, amor e alegria" representa o ambiente acolhedor e sagrado onde a tradição é mantida viva. O tom nostálgico se intensifica quando Monarco revela nunca ter se sentido tão próximo da Portela "dos tempos atrás", transmitindo emoção e reverência aos mestres que inspiraram gerações. Assim, a música se firma como um gesto de gratidão e reconhecimento àqueles que construíram a história do samba.