O Fim de Nossas Lutas
Morte Rubra
Como a valsa da ciméria que ecoa
Despercebida pela turbulência
Na solidão da mais profunda melodia
Assim somos nós nesse mundo
Não somos para ser ouvidos
Só queremos alguém
Mas todos foram embora
Uns partiram em busca de aventuras
Ou por ter nos achado entendiantes
Outros faleceram sem se despedir
Nesse agora só habita a carência
A sede por um cálice que nos tire da realidade
Esperando tempos melhores de um destino que nada promete
Talvez estejamos desvairados
A dor pode nos tirar o juízo
E como a valsa triste, cá estamos
Buscando ecoar em outros ouvidos
Interligar com algo além daqui
E se há um horizonte, está longínquo
Esses joelhos calejados fraquejarão até lá
E até lá, que haja sempre a música
Em seu deleite esplendor
Que haja música para o desgraçado
Que haja repouso para o mazelado
Cantemos enquanto houver voz
Para espantar os sentimentos atrozes
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