O Presságio (Prólogo a Decadência)
Morte Rubra
Pressentimentos de premonições
Revelam um futuro de sangue
Infaustas revelações de meu fadário
Além de mim não enxergo ninguém
Nem uma mão sequer para limpar o pranto
Naquele leito de miséria só há as lágrimas que juntei
A consciência que adquiri estava conturbada
O riso que tive foi de falso alento
As quedas que tive no caminho faziam parte da trilha
E no pico da montanha só havia o meu espírito que me esperava
Foi loucura a forma que dei significado a tudo
Foi sempre por medo de encarar as coisas como são
Eu sou o meu próprio medo e responsável pela tumba ali exposta
Eu sou minha própria morte
E culpado por todos os crimes que cometi a mim mesmo
Serei julgado pelo abismo porque os juízes desistiram da tarefa
Criei as leis e as ditarei para meu fim
Apagarei a minha história e assim descansarei dessa desventura
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