Hate Me Now (feat. Diddy)

Resistência e orgulho em "Hate Me Now (feat. Diddy)" de Nas

"Hate Me Now (feat. Diddy)", de Nas, é marcada pela recusa do rapper em se abalar diante da inveja e do ódio. Ele transforma as críticas em motivação para seguir em frente, usando o sample grandioso de "O Fortuna", de Carl Orff, para criar uma atmosfera de batalha épica. Nas se coloca como alguém que enfrenta adversários e detratores, elevando sua trajetória a um nível quase mítico. O refrão repetido, “You can hate me now, but I won’t stop now” (Você pode me odiar agora, mas eu não vou parar agora), funciona como um desafio direto e uma declaração de resiliência, mostrando que o sucesso dele incomoda, mas não o intimida.

A letra destaca que o ódio que recebe está ligado ao seu sucesso material e à superação das origens humildes: “Don’t hate me, hate the money I see, clothes that I buy / Ice that I wear, clothes that I try” (Não me odeie, odeie o dinheiro que eu vejo, as roupas que eu compro / As joias que eu uso, as roupas que eu experimento). Nas ironiza a inveja ao sugerir que, mesmo se desse seus bens aos críticos, o ressentimento continuaria. O verso “niggas fear what they don’t understand, hate what they can’t conquer” (pessoas temem o que não entendem, odeiam o que não podem conquistar) resume a crítica social da música, apontando que o ódio nasce da incapacidade de aceitar o sucesso alheio, especialmente de quem veio de baixo. O polêmico videoclipe, com referências à crucificação, reforça a ideia de perseguição e sacrifício, sugerindo que Nas se vê como alvo de ataques por desafiar o status quo. A música se tornou um hino de resistência e afirmação, especialmente em contextos de luta e competição, consolidando-se como um manifesto de orgulho, desafio e perseverança.