A CABALLO

Independência e poder feminino em “A CABALLO” de NATHY PELUSO

Em “A CABALLO”, NATHY PELUSO constrói a imagem de uma protagonista que rejeita qualquer forma de submissão, simbolizada pela metáfora de “galopar” pela vida sem precisar de um cavaleiro. O verso “ella galopa sin un jinete” (ela galopa sem um cavaleiro) destaca essa independência radical, mostrando uma personagem que faz suas próprias regras e não se deixa controlar. Esse tema reflete o posicionamento público de Peluso, que frequentemente exalta o empoderamento feminino e a autenticidade, como quando afirma não dar satisfações a ninguém e não se abalar por julgamentos externos ou polêmicas.

A letra também transmite ousadia e autoconfiança, com menções ao luxo e ao estilo próprio — “por la avenida con la mejor ropa” (pela avenida com as melhores roupas), “Versace”, “Gucci”, “Prada” —, que funcionam como símbolos de poder e autoafirmação. A protagonista é descrita como alguém que “no conoce el miedo” (não conhece o medo) e que “a todos los malos puede tumbar” (pode derrubar todos os maus), reforçando sua força e invulnerabilidade. Expressões como “escandalosa, irreverente” e “Malportá’” associam a personagem à tradição de mulheres que desafiam normas sociais, algo recorrente na carreira de Peluso. Referências a “Pedro Navaja” e à passagem “por las calles de Manhattan va aplastando a todas las ratas” (pelas ruas de Manhattan vai esmagando todos os ratos) ampliam o cenário urbano e reforçam a imagem de uma mulher que domina qualquer ambiente. Assim, “A CABALLO” celebra liberdade, rebeldia e o prazer de viver sem concessões, alinhando-se à filosofia hedonista e anticonformista da artista.