
Se Eu Fosse o Getúlio
Nelson Gonçalves
Crítica social e ironia em "Se Eu Fosse o Getúlio" de Nelson Gonçalves
"Se Eu Fosse o Getúlio", de Nelson Gonçalves, utiliza a ironia para criticar a classe média urbana dos anos 1950, retratada como moralista e distante da realidade popular. Ao afirmar que mandaria "metade dessa gente pra lavoura", o cantor inverte o discurso elitista da época, sugerindo que doutores, funcionários e professoras — representantes da classe média — deveriam realizar trabalhos manuais e agrícolas, tradicionalmente reservados às camadas mais pobres. O tom bem-humorado da marchinha suaviza a crítica, mas não esconde a insatisfação com a postura desses grupos, que, segundo o contexto histórico, ajudaram a criar o clima de pressão que culminou no suicídio de Getúlio Vargas.
Trechos como "muita loira plantar cenoura" e "muito bonitão plantar feijão" reforçam o deboche ao brincar com estereótipos, mostrando que privilégios e aparências não livram ninguém do trabalho duro. A expressão "turma da mamata" é central, pois denuncia aqueles que, na visão popular, se beneficiam do sistema sem realmente contribuir para o país. Dessa forma, a música usa o humor para expor a polarização política e social do período, mostrando como a música popular serviu de ferramenta para comentar e criticar a hipocrisia das elites urbanas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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