Século do Samba

A História e a Imortalidade do Samba em 'Século do Samba'

A música 'Século do Samba', de Nelson Sargento, é uma celebração da rica história e da resiliência do samba, um dos gêneros musicais mais emblemáticos do Brasil. A letra começa com uma referência ao início do samba, mencionando 'Pelo telefone', a primeira gravação de samba registrada por Donga. A Praça Onze é destacada como o berço do samba, onde figuras icônicas como João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô, descritos como 'anjos negros da cultura brasileira', desempenharam papéis fundamentais na formação do gênero.

A canção também presta homenagem a importantes personagens e locais do samba, como a Mangueira, uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro. Nomes como Cartola, Paulo da Portela e Noel Rosa são mencionados, reforçando a importância dessas figuras na perpetuação e evolução do samba. A letra destaca a diversidade do samba, mencionando suas várias formas, como o samba de roda, samba de breque, samba-canção e até a bossa nova, mostrando como o gênero se adaptou e evoluiu ao longo do tempo.

Nelson Sargento também aborda a resiliência do samba, afirmando que 'Samba agoniza mas não morre', sugerindo que, apesar das dificuldades e mudanças ao longo dos anos, o samba continua vivo e relevante. A menção a Carmem Miranda e Elis Regina ilustra como o samba transcendeu fronteiras e conquistou o mundo. A repetição da frase 'A Verde e Rosa é cidadã do mundo' reforça a ideia de que a Mangueira, e por extensão o samba, tem um impacto global. A música é uma ode ao passado, presente e futuro do samba, celebrando sua história e sua capacidade de adaptação e sobrevivência.