País da Corrupção

Crítica social e política em “País da Corrupção” do NSC

A música “País da Corrupção”, do NSC - Neurônios SubConsciente, faz uma denúncia direta à corrupção estrutural no Brasil, destacando como a negligência do poder público impacta a vida das pessoas mais vulneráveis. O trecho “A mãe deles é falecida / Sinto muito eu só lamento / A mãe de vários também é / Por falta de atendimento” mostra de forma clara a ligação entre a falta de políticas públicas e a morte de mães que não recebem atendimento hospitalar, evidenciando o descaso das autoridades com a população.

A letra adota um tom revoltado e agressivo, usando xingamentos e provocações para expressar indignação diante da impunidade e da repetição de escândalos políticos. O grupo cita nomes como Dilma, Michel Temer e Lula, além de criticar o PT e a troca constante de governantes corruptos, reforçando a ideia de que “tudo uma merda só / Que rouba mesmo sem dó”. O NSC também aborda a alienação popular e a manipulação durante as eleições: “No ano da eleição mesma história de novo / No mesmo instante ficam solitário / Se mostram dinheiro já seduz o povo”.

A música evidencia o abismo entre a elite política e a população comum, como em “Vocês tão no poder todos finos e elegantes / Mas se eu não gelo pra tubarão / Quanto mais pra peixe grande”. O grupo se posiciona como porta-voz de uma comunidade cansada de promessas vazias, usando o rap como instrumento de denúncia e resistência, mesmo diante da censura e da falta de apoio: “Eles não contratam o rap / NSC é obvio / Me colocar no palco / É dar um tiro em si próprio”. “País da Corrupção” resume a insatisfação popular com o sistema político, aproximando a crítica da realidade cotidiana dos brasileiros.