
Vinheta
O Rappa
Identidade e fronteiras culturais em “Vinheta” de O Rappa
“Vinheta”, do O Rappa, destaca-se pela presença marcante de Waly Salomão, que narra sua própria origem: “Meu nome é Waly Salomão / Um nome árabe... Nasci numa pequena cidade na caatinga baiana”. Ao compartilhar sua trajetória, Waly representa a mistura de culturas e influências que definem tanto sua vida quanto a proposta musical do grupo. A faixa propõe “plasmar uma linguagem convite para uma viagem”, refletindo a intenção de romper as fronteiras entre o individual e o coletivo. Isso fica claro no verso: “Agora entre o meu ser e o ser alheio / A linha de fronteira se rompeu”, que sugere abertura ao outro e dissolução das barreiras entre experiências pessoais e universais, reforçando o caráter inclusivo e experimental da música.
A escolha de Waly para narrar a faixa traz um tom poético e introspectivo, alinhado ao clima reflexivo do álbum “O Silêncio Q Precede o Esporro”. O trecho “Experimentar o experimental / A fala da favela” mostra a intenção de unir o sofisticado ao popular, conectando o intelectual ao cotidiano das periferias. Quando Waly afirma “A memória é uma ilha de edição”, ele sugere que nossas lembranças são construídas e editadas, reforçando a ideia de identidade em constante transformação. Por fim, a dualidade em “Eu tenho o pé no chão, porque sou de virgem / Mas a cabeça, gosto que avoe” resume o equilíbrio entre realismo e desejo de transcender limites, característica tanto do poeta quanto da proposta musical de O Rappa.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de O Rappa e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: