
Catequeses do Medo
O Rappa
O medo como instrumento de controle em “Catequeses do Medo”
Em “Catequeses do Medo”, O Rappa faz uma crítica contundente ao modo como o medo é usado como ferramenta de controle social, especialmente sobre as populações marginalizadas no Brasil. O título já provoca ao unir a ideia de catequese, normalmente associada ao ensino religioso, com o medo, sugerindo que esse sentimento é ensinado e perpetuado de forma sistemática. A letra retrata o cotidiano de famílias vulneráveis, como em “um sorriso assustado / uma mãe desesperada / um pai mal pago, operário e mudo”, mostrando a insegurança, a pobreza e a falta de voz dessas pessoas.
A música faz referência direta ao período da ditadura militar brasileira, especialmente no verso “reuniões oficiais escurecendo outras salas onde a tortura faz filho”, denunciando a repressão e a tortura praticadas pelo Estado, principalmente contra jovens negros e pobres. O termo “apartheid econômico” reforça a crítica à desigualdade social, mostrando que a segregação no Brasil é também econômica e silencia os mais vulneráveis, como em “contamina, machuca e não nos deixa gritar”. O trecho “quando o carro preto passa” remete ao medo constante da violência policial nas periferias. Ao afirmar “podem falar o que for / que eu sei que não sou culpado”, a música desafia a culpabilização das vítimas e reafirma sua dignidade. A presença do sample de “Father Figure” de George Michael amplia o diálogo cultural, reforçando a denúncia de injustiças universais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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