
66
O Terno
Ironia e dilemas criativos em “66” de O Terno
Em “66”, O Terno utiliza a ironia para abordar o dilema do artista contemporâneo diante da busca por originalidade. Logo no início, a banda questiona: “Me diz meu Deus o que é que eu vou cantar / Se até cantar sobre... já foi cantado por alguém”, escancarando a sensação de que tudo já foi feito antes. Essa autocrítica reflete a pressão constante para inovar, ao mesmo tempo em que qualquer tentativa de novidade é rapidamente julgada, e revisitar o passado é visto como ultrapassado. Isso fica claro em versos como: “E vão dizer que é nostalgia / E que esse tempo já passou / E eu tô por fora do que é novo / Mas se é novo falam mal”.
A letra também faz uma crítica bem-humorada à indústria cultural e à recepção do público, especialmente ao afirmar: “hoje faz sucesso quem faz plágio diferente”. Aqui, O Terno sugere que a originalidade muitas vezes se resume a misturar referências antigas com um toque pessoal. A menção à “dodecafonia” no final ironiza a busca por sofisticação exagerada na música, mostrando que até as tentativas de ser inovador podem soar forçadas. O verso “baixo o novo embalo quente / Que é de sessenta e seis” reforça o tom nostálgico e irônico, já que o “novo” é, na verdade, uma referência direta ao som dos anos 60, estilo marcante da banda. Assim, “66” se destaca como um comentário inteligente e leve sobre os impasses criativos e as expectativas contraditórias do cenário musical atual.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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