I Don't Exist

Desilusão e isolamento em "I Don't Exist" de Olivia O'Brien

"I Don't Exist", de Olivia O'Brien, aborda de forma direta o sentimento de invisibilidade social, especialmente em ambientes onde a aparência de felicidade e perfeição é valorizada. A artista faz uma crítica à idealização de Los Angeles, tradicionalmente vista como a cidade dos sonhos, ao afirmar: “Hollywood has lost all its allure / Used to be so pretty, now it's just a city” (Hollywood perdeu todo o seu encanto / Costumava ser tão bonita, agora é só uma cidade). Essa quebra de expectativa simboliza não só a desilusão com o lugar, mas também com pessoas e experiências que antes pareciam importantes.

A letra destaca o isolamento ao mostrar situações em que Olivia se sente excluída, como no trecho: “'Cause they're picture perfect and I'm on the end / Crop me out the photo, so they can pretend / Like I don't exist” ('Porque eles são perfeitos na foto e eu estou na ponta / Me cortam da foto, assim podem fingir / Que eu não existo). O videoclipe reforça essa sensação, mostrando a artista observando uma festa sem ser notada. O refrão “Am I even real?” (Eu sou mesmo real?) aprofunda o questionamento existencial, revelando uma alienação que vai além do social e atinge a própria identidade. Ao mencionar “Even Tylenol can't fix me / Unless it's mixed with whiskey” (Nem Tylenol consegue me consertar / A não ser misturado com uísque), Olivia sugere tentativas frustradas de aliviar a dor emocional, ressaltando o tom melancólico e a busca por sentido em meio à apatia.