jealousy, jealousy (Live From Glastonbury) (A BBC Recording)

Insegurança e redes sociais em "jealousy, jealousy (Live From Glastonbury)"

Em "jealousy, jealousy (Live From Glastonbury) (A BBC Recording)", Olivia Rodrigo transforma a experiência comum da comparação nas redes sociais em um relato honesto sobre insegurança e inveja. A artista expõe o ciclo de autocrítica que muitos jovens enfrentam ao se deparar com padrões inalcançáveis, como quando menciona "garotas boas demais para ser verdade" e expressa a sensação de nunca ser suficiente. Mesmo reconhecendo que "a beleza delas não é minha falta", Rodrigo mostra como a razão nem sempre supera o impacto emocional dessas comparações.

A própria Olivia já afirmou que a música nasceu de sua obsessão adolescente com as redes sociais, o que reforça a autenticidade de versos como "I'd rather be, rather be / Anyone, anyone else" (Eu preferia ser, preferia ser / Qualquer um, qualquer outra pessoa) e "All I see is what I should be" (Tudo que vejo é o que eu deveria ser). Ela também destaca a ironia de desejar a vida de pessoas desconhecidas e admite o efeito destrutivo disso ao cantar "com-comparison is killin' me slowly" (a comparação está me matando aos poucos). A ambiguidade dos sentimentos aparece em "I'm happy for them, but then again, I'm not" (Estou feliz por elas, mas, ao mesmo tempo, não estou), mostrando a dificuldade de lidar com a inveja sem culpa. Na performance ao vivo em Glastonbury, a energia pop-punk intensifica esse desabafo, tornando a vulnerabilidade ainda mais evidente e aproximando Rodrigo do público que compartilha dessas inseguranças.