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Oceâno Mágico

Poetas sem Nome

Solto o corpo na cadeira da varanda;
a mesa tem rendados bordados de ferro.
a piscina está cercada de grossas grades.
É quase hora matinal da ronda,
grande bandeja colorida de pílulas
variadas com promessas mais suaves.
Enquanto espero eu contemplo as rosas
que dão disfarce perfeito á muralha.

Anotar os pensamentos da noite de ontem:
A quietude estrangeira da sala reservada,
a TV, mundo lá fora, esquecendo a limalha.
Li a carta dos amigos elogiando a praia,
que o amargo gosto da vida
não há Sol que não distraia!

Quero sentir meu coração levando inteiro
este saco de viagem longe dos cacos
sem ser mendigo de mim ou lunáticos.

A mocinha desenhou negras cruzes tão tortas
no balão mágico esvaziado;
Samurai sempre calado no sofá lilás fantástico,
a velinha de quimono maquiada ao máximo.
Desta viagem provisória nada me escapa:
O azul do mar está calmo
e a terra vem mais próxima!

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Composição: Antonio Vitor / José Vitor Calfa. Essa informação está errada? Nos avise.

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