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PrimeiraMente

Letra

    E o tempo passa e o tempo passa
    Só vejo marcas, bandidos em macas
    Menos pior não devia ser o termo por trás da gravata
    Tô pra fuder isso tudo mas minha cabeça me mata
    Criaturas censura falta de postura é essa ditadura democrata
    Rico odeia pobre que se fode quando assalta
    Mais lazer e mais escola pras quebradas
    E não mais barca
    Incentivo pro bandido achar um caminho além da arma
    Povo tranquilo e as tias andando nas ruas com calma
    E a vida perdida daquele menino e de outros menino
    Com novo ensino abrindo caminhos
    Largou a cola e teve aula
    E é foda esse mundo caindo
    E é foda do mundo é que indo desse jeito
    Antes de mudar vai faltar água
    E eu não sei porque eles têm o que nos falta
    Fazendo os menor matar a sede engolindo as próprias mágoas
    Aliciadores movendo as mulher do mapa
    O povo antes dos senadores se não não confirma nada

    Indústrias criam padrões e o povo nas eleições
    Quem escrever com direito sem saber de nada
    Pra esses líderes, e esses chefes ditadores
    Muito obrigado por nada!
    Pra esses líderes, e esses chefes ditadores, mano
    Muito obrigado por nada!

    E eu quero ver qual foi, qual vai ser
    Porque esse futuro não dá pra entender
    Os que vivem de sobra são apenas obras das cobras
    Que por aqui tão no poder
    Difícil é se encontrar sem contar o quanto o mundo cobra
    E só pra te avisar, Deus não habita em todas as obras
    Do homem que consome a sequela oferecida
    Vai padecer e empalecer sem precisar de preces
    Uma vida prestes a puxar o gatilho
    Pelo filho que não tem o que comer
    E o lazer é em meio à pets
    E a favela é teste a todo instante
    Quem se fode é o povo
    Casa pega fogo de novo
    No jogo do porco tratante
    São várias pestes, magias dominantes
    Mas meu soco não é fraco
    E os cacos que cortam eu coloco distante de nós
    Portanto portas portam luz já que a fé conduz
    Corro atrás do que tá faltando
    Oh jah, nessa minha oração não peço nada
    Já que são tantos pedidos perdidos nessa estrada
    Caminhada prolonga mas lá no topo eu vejo
    Que a injustiça é a justiça nas mãos erradas
    E a escada é longa mas vou subir até sorrir
    Sumi em quem não sente mais o peso de nada

    Então me mostre o outro lado disso tudo
    Que não seja aquilo que eu já conheço
    Preço de viver aqui
    Me mostre o outro lado disso tudo
    Que não seja aquilo que eu já conheço
    Preço de viver aqui

    Dinheiro é a praga dos milênios
    Ganham prêmios por matar mais um pobre
    É quem se fode sempre condenado desde o ventre, ó
    Cai no sistema por querer fazer a vida valer a pena, ó só
    Que fita, a cena é quente de repente, sente o drama
    O gosto da lama foi pra polca no prato tá em cana
    E não reclama do jeito que o diabo ama
    Menor de idade assinando b.o
    Ah! Enchem sua cabeça de pensamento inútil
    Massa de manobra cada vez mais fútil
    Onde para as empresas propaganda
    Padrão de vida assassino e o menino
    Quer ser o que quando crescer?
    Queria o luxo, a fama, tinha ganância
    Por glória externa agora fraqueza nas pernas
    O sangue começa a escorrer
    Miséria corrói a carcaça, maldita desgraça
    Me diz a justiça é culpa de quem?
    Vontade de mudança fracassa enquanto o tempo passa
    O sistema te fez refém
    (Triste ver realidade)


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