LA ÚLTIMA

Reflexão sobre fama e autenticidade em "LA ÚLTIMA"

Em "LA ÚLTIMA", Quevedo expõe sua vulnerabilidade ao abordar o impacto da fama e do sucesso em sua vida pessoal e artística. Ele revela que, apesar do dinheiro e do reconhecimento, sente falta da motivação e da pureza que o levaram a fazer música no início da carreira. O verso “Quiero quedarme en cero, que con cero sigo siendo el elegido” (“Quero voltar ao zero, porque mesmo no zero continuo sendo o escolhido”) expressa o desejo de recomeçar e se reconectar com seu propósito original, antes que as pressões do mercado musical o afastassem de sua essência. O próprio Quevedo já declarou que a música marca uma pausa temporária em sua carreira, reforçando o tom de desabafo e a necessidade de reencontrar sentido no que faz.

A letra alterna lembranças de tempos difíceis, como “la luz cortada y el casco de obrero” (“a luz cortada e o capacete de operário”), com a percepção de que o dinheiro e o sucesso não trouxeram a satisfação esperada: “ni los sold out ni el VVS en oro blanco me completan” (“nem os shows esgotados nem o VVS em ouro branco me completam”). O trecho “A mi casi nadie me quiere, quieren mi libreta / A mi casi nadie me quiere, quieren mi tarjeta” (“Quase ninguém me ama, querem meu caderno / Quase ninguém me ama, querem meu cartão”) revela o sentimento de isolamento e a sensação de ser valorizado apenas pelo que pode oferecer, não por quem é. A participação de outros artistas no clipe simboliza o apoio da comunidade musical nesse momento de pausa e reflexão, mostrando que, apesar da solidão, Quevedo não está sozinho em sua busca por autenticidade.