No Chaquaio do Pandeiro

Humor e tradição gaúcha em “No Chaquaio do Pandeiro”

“No Chaquaio do Pandeiro”, de Ricardo Bergha, utiliza o humor e o exagero para retratar elementos típicos da cultura campeira do Rio Grande do Sul. A letra descreve um pandeiro artesanal feito de “lonca de égua” e “roseta de espora”, materiais que remetem diretamente ao universo rural gaúcho. O termo “chaquaio” (barulho) e expressões como “matungo” (cavalo) reforçam o uso do vocabulário regional, trazendo autenticidade e leveza à narrativa.

A história acompanha as trapalhadas do músico, que, ao tocar o pandeiro barulhento, acaba assustando seu cavalo “baio roncolho” a caminho do “surungo” (baile típico da região). O episódio em que o cavalo se assusta e o músico “cheira as macegas” (cai no mato) ilustra o tom bem-humorado da canção. O desfecho, com o baile terminando em confusão por causa do pandeiro e do cavalo, satiriza as situações imprevisíveis do cotidiano rural. Ao mesmo tempo, a música celebra a identidade gaúcha, valorizando suas tradições e o espírito festivo da vida no campo.