Parti

A Jornada da Alma em 'Parti' de Ricardo Bergha

A música 'Parti' de Ricardo Bergha é uma reflexão poética sobre a necessidade de seguir em frente, de buscar novos horizontes e de encontrar o próprio caminho. A letra começa com a decisão de partir, de seguir um rumo que parece ser inevitável, uma sina. O eu lírico expressa a preocupação de que, se permanecer onde está, pode se perder no destino que lhe é imposto. A metáfora dos ventos que mantêm a alma viva sugere que o movimento e a mudança são essenciais para a vitalidade e o crescimento pessoal.

No segundo verso, o eu lírico menciona 'luzeiros' e 'lumes negros', que podem ser interpretados como guias ou sinais no caminho, talvez representando momentos de clareza e escuridão. As 'duas estrelas' podem simbolizar objetivos ou sonhos que o eu lírico revisita constantemente. A ideia de pagar uma 'pena' e o tempo que 'assenta a morada' indicam que a jornada é também uma forma de expiação e aprendizado, onde o tempo é um fator crucial para encontrar paz e estabilidade.

O terceiro verso reforça a ideia de que a partida é uma resposta a um chamado interior, uma necessidade profunda da alma. A escuridão mencionada pode representar a estagnação ou a falta de propósito que o eu lírico teme ao permanecer no mesmo lugar. No final, a música traz uma reviravolta: a partida é, na verdade, um meio para um fim maior – encontrar alguém ou algo significativo. A conclusão de que, após estar ao lado desse alguém, não há mais necessidade de partir, sugere que a busca e a jornada são válidas até que se encontre um sentido ou um amor que complete a alma.