Choro da Avenida
Ricardo Fino
Onze janelas abertas
Ao corredor da nortada
Avenida deita-se cedo
Ao jeito de mulher cansada
Mil metros e neons
Sonhos e algazarras
Passeios e discussões
Muito bem apalavradas
Foi-se o Avenida do Modesto
A graça do galego Blanco
Em vez dum ai coño de protesto
Puseram lá o Espírito Santo
O Arcada mais à frente
Foi também na perdição
O Belmiro deixou de ser gerente
Abancou o Borges & Irmão
O Trianon não escapou ao tempo
Nem os apartes do Teixeira
Das tertúlias do Sacramento
Ficou a saudade inteira
Fogo de Junho na cidade
Deixou o Beira-Mar queimado
Mesmo ao lado do Trindade
O Savoy das noivas encharcado
Soldado Desconhecido
De todas as guerras primeiro
Viu povo de bastão perseguido
Num dia domingueiro
O Sol d'Ouro ainda está
O Galito vai-se mantendo
O Zig ainda vá lá
Defronte o cinema foi morrendo
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