Horário Nobre

Crítica à manipulação midiática em “Horário Nobre” da Rodox

A música “Horário Nobre”, da Rodox, faz uma crítica direta ao poder da televisão e da mídia sobre o comportamento das pessoas. A letra mostra como o consumo de conteúdo televisivo pode transformar espectadores em “escravos da televisão”, destacando a influência dos meios de comunicação na criação de desejos e necessidades artificiais. Isso fica claro no trecho: “Sua vontade é um comercial / Necessidade artificial”, que denuncia como interesses comerciais moldam o que as pessoas querem e consomem.

A canção utiliza imagens fortes, como “cadeira elétrica virtual”, para mostrar que o entretenimento aparentemente inofensivo pode aprisionar mentalmente, levando à alienação e à passividade. O contexto do álbum “Estreito” reforça essa denúncia contra a manipulação midiática e a perda de identidade. Metáforas como “boneco inflável, sem o menor sinal de reação” e “programado pra dar errado, se já vem com defeito de fabricação” ilustram como as pessoas podem se tornar passivas e manipuláveis, vivendo de acordo com a “programação” imposta pela mídia. A repetição de “(Não vê)” ressalta a cegueira coletiva diante desse controle, enquanto “Donos dos meios de manipulação” aponta para quem realmente se beneficia desse sistema. No final, a música sugere que só é possível se libertar desse ciclo de alienação ao romper com a idolatria midiática.