gameboy

Desilusão e superação no relacionamento em “gameboy”

Em “gameboy”, ROSÉ utiliza a metáfora do videogame para retratar um relacionamento marcado pela manipulação e imaturidade emocional. Ao chamar o parceiro de “gameboy”, a artista sugere que ele encara o romance como um passatempo, sem compromisso real, reforçando a ideia de que seus sentimentos foram tratados como um jogo. A repetição da frase “você sempre será um gameboy” evidencia a percepção de que o outro está preso a um comportamento superficial e incapaz de amadurecer.

A letra revela a frustração de quem se entregou emocionalmente e acabou decepcionado. Trechos como “Gave you my favorite memories, yeah, I hate the way I let you inside” (“Te dei minhas melhores lembranças, odeio ter deixado você entrar”) e “If crying was fun, I'd be having the time of my life” (“Se chorar fosse divertido, eu estaria me divertindo muito”) mostram o desgaste e a dor de perceber que tudo não passou de uma ilusão. O verso “you got a little too good acting like a good guy” (“você ficou bom demais fingindo ser um cara legal”) indica a consciência adquirida após o término, enquanto o refrão e a repetição de “heartbreak” (“coração partido”) reforçam o ciclo de sofrimento.

Apesar do tom vulnerável, a música também traz uma mensagem de força. A narradora reconhece o padrão do parceiro e decide não mais se submeter a esse “jogo”, como fica claro em “I let you play me, whatever” (“Deixei você brincar comigo, tanto faz”). A produção melancólica e a interpretação sincera de ROSÉ intensificam o contraste entre fragilidade e superação, tornando “gameboy” um relato honesto sobre desilusão amorosa e libertação.