Ni Oubli, Ni Pardon

Lembrança e Resistência: A Luta Antifascista em 'Ni Oubli, Ni Pardon'

A música 'Ni Oubli, Ni Pardon' da banda Sang Mêlé é um poderoso manifesto antifascista que homenageia diversas vítimas da violência fascista e policial ao redor do mundo. A letra é uma crônica de tragédias, mencionando nomes e datas específicas de pessoas que foram brutalmente assassinadas por suas crenças e ativismo. A canção começa com a lembrança de Carlos Palomino, um jovem antifascista assassinado em Madrid em 2007, e segue mencionando outros mártires como Ian em Praga, Ivan em Moscou, e Anastasia Baburova, entre outros.

A repetição do refrão 'Le meilleur hommage, c'est de continuer le combat' ('A melhor homenagem é continuar a luta') reforça a ideia de que a memória dessas vítimas deve ser mantida viva através da resistência contínua contra o fascismo e a opressão. A música não apenas lamenta as perdas, mas também incita à ação, destacando que a luta contra o fascismo é uma responsabilidade coletiva e contínua. A frase 'Ni oubli, ni pardon' ('Nem esquecimento, nem perdão') é um grito de guerra que ecoa a determinação de não deixar que esses crimes sejam esquecidos ou perdoados.

A letra também aborda a cumplicidade do Estado e da polícia nesses crimes, sugerindo que a violência fascista é muitas vezes facilitada ou ignorada pelas autoridades. A menção a diferentes países e contextos históricos sublinha a natureza global da luta antifascista, mostrando que a opressão e a resistência não conhecem fronteiras. A música termina com uma lista de grupos e indivíduos oprimidos, desde sindicalistas colombianos até palestinos, reforçando a solidariedade internacional e a interconexão das lutas por justiça e igualdade.

'Ni Oubli, Ni Pardon' é, portanto, uma canção de memória, resistência e solidariedade, que busca inspirar e mobilizar aqueles que se opõem à injustiça e à opressão em todas as suas formas.