Dharma (part. Jorge Celedón y Rosario)

Gratidão e amor inesperado em “Dharma (part. Jorge Celedón y Rosario)”

Em “Dharma (part. Jorge Celedón y Rosario)”, Sebastián Yatra propõe uma visão diferente sobre merecimento ao destacar o dharma como uma recompensa positiva, mesmo para quem se considera imperfeito. Logo no início, a letra traz um tom de autodepreciação e surpresa: “Yo, que soy un cabrón (ey) / ¿Qué hice pa' merecerte?” (Eu, que sou um cara complicado / O que fiz para merecer você?), mostrando o espanto do eu lírico ao encontrar alguém especial. Yatra explica o conceito de dharma como o oposto de karma, e isso aparece claramente em versos como “Sé que tuve que haber hecho algo bien en otra vida / Para que aparezcas en esta cuando la daba por perdida” (Sei que devo ter feito algo bom em outra vida / Para que você apareça nesta quando eu já tinha perdido as esperanças). Aqui, o amor é visto como um presente inesperado, uma espécie de prêmio que chega quando tudo parecia perdido.

A música também valoriza a simplicidade e a alegria da vida a dois, como nos versos “Para bailar / Para reírnos, para hacerlo y pa' llorar / Para soñar con nuestra casa frente al mar / Y si acabamos bajo un puente me da igual / Es una suite presidencial contigo” (Para dançar / Para rirmos, para fazer amor e para chorar / Para sonhar com nossa casa de frente para o mar / E se acabarmos debaixo de uma ponte, não me importo / É uma suíte presidencial com você). A felicidade, segundo a canção, está na companhia e não nas condições materiais. A mistura de estilos musicais, com o flamenco de Rosario e o acordeão de Jorge Celedón, reforça a ideia de união e diversidade. O refrão final, “Hay cosas que no hay que explicar” (Há coisas que não precisam ser explicadas), resume a mensagem de gratidão e plenitude diante do amor que simplesmente acontece.