La Vida

Relações verdadeiras e amadurecimento em “La Vida”

"La Vida", de Sech, aborda de forma clara a decepção com pessoas que só aparecem nos momentos de sucesso, mas desaparecem nas dificuldades. O verso repetido “En la mala no hay nada, en la buena están todos” (“Nos momentos ruins não há ninguém, nos bons estão todos”) resume essa crítica à superficialidade das relações. Sech traz experiências pessoais, como mostra ao citar amigos que sumiram quando ele enfrentava dificuldades e só reapareceram quando sua vida melhorou: “Querido amigo tu que te desapareciste / Y cuando tô pase hambre, tu nunca estuviste / Ahora que yo estoy bien, tu apareciste” (“Querido amigo, você que sumiu / E quando passei fome, você nunca esteve / Agora que estou bem, você apareceu”).

A letra também fala sobre inveja e falsidade, temas comuns para quem conquista espaço, especialmente no meio artístico. O trecho “La envidia aumenta / Tanto así que se / Viraron en la venta” (“A inveja aumenta / Tanto que até / Viraram no negócio”) mostra como até parcerias são afetadas por interesses. Sech ainda menciona desilusões amorosas, usando imagens como “El corazón accidentado, lo llevo cojo” (“O coração machucado, carrego mancando”) para expressar o impacto emocional dessas experiências. Apesar das decepções, o artista adota uma visão realista: reconhece que “la vida es un ciclo” e que tanto os momentos bons quanto os ruins trazem aprendizados. Assim, “La Vida” é um relato honesto sobre amadurecimento, resiliência e a importância de valorizar quem está presente em todas as fases da vida.